“A Paixão de Nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, é penhor de glória e lição de paciência”.
Ver o relato da Paixão, inspirado em duas grandes tradições:
a) A do “Servo Sofredor” – Mt e MCc ; Is 50 -53
b) A do Messias Glorioso – Lc e Jo
Na dor e no sofrimento: há o aspecto negativo e o aspecto positivo.
1- É opressor, não olha para /cristo; mais ligado à culpabilidade; erros passados e presentes; castigo – mal; constantes lamentações; aguentar uma carga insuportável; não assumir a vida…
2- Aspecto redentor do sofrimento, a partir da Cruz; situação da condição humana e existencial; reconhece a contingência das limitações e vê, tudo como graça…
Jesus é alguém que sofre e sofre com dignidade! (Diferença em mim: falta-me “classe”).
Jesus não teme o poder humano: Ele confia no poder do pai. E eu? – PUEBLA 278 e 279.
Libertar da dor pela dor: Cruz convertida em fonte de vida – Vida Pascal!
APLICAÇÃO: converter nossas dores em meios de crescimento (exame e propósito).
O Cristo doloroso não é abstrato… educar-nos para sempre assumirmos a própria dor e a dos povos todos. Lembremo-nos com frequência: Jesus, livremente vai entregar-se (Mt 25,36-56).
Vemos, em torno de nós, as mais diversas formas de angústias existenciais. Quanta gente vive “agonias” intermináveis, provando um pouco, do que Jesus padeceu.
Ver Jesus muito sozinho (sua tristeza interior).
Refletir o abandono do Pai, a traição dos amigos… Mas vence sua fidelidade na busca do Pai!
Rezemos, hoje, a última bem-aventurança, pondo nela, toda nossa solidariedade.
O sentido verdadeiro, do sofrimento cristão, é a pessoa voltada para a Cruz de Cristo. É através do sofrimento (e só nele), que se atinge o verdadeiro amor de Deus!
EXEMPLO: nas comunidades é horrível, as pessoas que vivem se lamentando. A mística do sofrimento… Não só no aguentar, mas no assumir,
Jogue hoje, para Deus, todos os dissabores. Aconteceu? Assuma! Vá em frente! Na própria aceitação existe luta!
P.194 – a dor da criação assumida pelo crucificado! É impressionante o silencio de Jesus, na Paixão! “Ele é ultrajado…” – Is 50,4 ; 53,1 ss.
PERGUNTAS: que são esses ultrajes? Há uma lista imensa e, por ultimo “eu”. Santo Agostinho diz que “a verdade gera ódio” e o “amor que não perdoa, não é amor”. O olhar de Jesus é o daquele que sofre na paz… Quem olha para mim, sente paz? O que significou, para Jesus, se condenado?
Sentir hoje, na pele, o que é uma condenação. A imagem do Cordeiro, em IS 53 e Ex 12,1-5.
Contemplar Jesus diante dos tribunais humanos. Contemplar seu coração e deixar-se envolver pelos mistérios de todo drama vivido por ele. Não só Jesus na História, mas na sua totalidade: o mundo, a Igreja, a nossa Congregação, os meus problemas… Uma nova atitude, uma nova tomada de atitude, hoje: generosidade, especialmente se estiver difícil! O único justo é Jesus Cristo. Ser justa n’Ele é ser reta e verdadeira. Procurar partir destas considerações, agindo sempre, reta e verdadeiramente.
Ver Nossa Senhora no meio da multidão, nas diversas cenas da Paixão de Jesus Cristo. Seu encontro com o Filho no Calvário e sua fortaleza ao pé da Cruz. Imitar Maria, em tudo.
Celebrar o dia do Crucificado: – entregou-se na liberdade; entregou-se na gratuidade.
Introduzamo-nos no lado aberto de Cristo. Rezar com fervor: Alma de Cristo… Seguir Jesus no seu momento máximo, no seu gesto redentor: “Entregou o Espírito…” E minhas entregas? Enumerá-las. Fazê-las pra valer.
Redentor do Homem – n° 9 – Joao Paulo II.
Para hoje, uma via-sacra comunitária, bem participada, preparada com todo o roteiro da Paixão, chamando-a e vivendo-a como: “o caminho para a Vida!”.