Em primeiro lugar, curiosos, biblistas e teólogos afirmam que o Evangelho de São João é o Evangelho da sensibilidade; estando de acordo com a mesma definição, acrescentaria dizendo, o Evangelho de João é uma rosa, dentre as várias rosas que compõe o jardim chamado Bíblia no qual suas pétalas são cheias de afetividade, amizade e carinho.
Como Mensageira do Amor Divino, ouso dizer que o Evangelho de João é o Evangelho do Amor.
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Ele é o nosso Evangelho no qual está mais forte o perfume de Amor Divino. É o Evangelho que apresenta Jesus a Irradiar o Amor Divino de uma forma direta.
Esta rosa que é o Evangelho de João é composta por várias pétalas e nós aqui falaremos apenas de uma, que é o capítulo 15.
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Esse capítulo não difere da definição acima tratada, ele é todo cheio de amor e com linguagem afetiva, no qual Jesus compara seu amor, sua amizade, com a videira, e o amor, a amizade de quem o escuta de quem permanece nele, de quem se faz amigo Dele, de quem procura verdadeira e completa alegria com os ramos que compõe e fazem parte da videira.
Jesus quer nos unir a Ele de tal forma que Ele dá exemplo de seu Pai (V. 9) e com mesmo amor nos envia e ordena: “Amai-vos uns aos outros”. O amor entre os irmãos e membros de uma comunidade devem ser a marca ou a identidade, e a força que faz tudo acontecer como deve ser; e para enfrentar as hostilidades que vem de fora é necessário amor entre os membros da mesma comunidade. Jesus afirma: “Eu e o Pai somos um”, Ele quer que a humanidade seja unida de tal forma que a incluirá na sua Unidade Santa. No itinerário da história de nossa vida estamos livres para buscarmos o que quisermos, mas quando se conhece Jesus e nos dispomos a conhecê-lo cada vez mais percebemos que com Ele temos e podemos tudo e que seu Amor e sua Graça nos sustentam, valem mais que a vida. É como uma laranja cortada ao meio, nós somos incompletos sem Deus e Deus é o complemento que nos completa por inteiro.
Dos versículos 18 a 27, nos relatam da total confiança que devemos ter em Jesus, saber que segui-lo é comprometer-se a estar e passar por onde Ele estiver ou passar. Haverá perseguições, mas se nos asseguramos ao mestre a quem seguimos, iremos confiantes de que o caminho da vida não termina em perseguição ou morte, mas em ressureição e vida, confiantes de que com Jesus tudo começa e termina bem, se ainda não está bem, então ainda não é o fim, porque no final iremos dizer com Ele: “Tudo está consumado” e no final de tudo, diremos ainda com Ele: “Eu vou para o Pai”. Tal como em nossas constituições nº 16, “a Mensageira está consciente de que provações são condição humana e sabe também que conforme a maneira com que assume a Cruz ela já passa a ser Ressureição”
Tendo em vista do que foi refletido sobre o Evangelho de João 15, leva-nos a concluir como diz a Primeira Carta de João “Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amarmos mutuamente, Deus permanece em nós e o seu amor em nós é perfeito” (1Jo 4, 12).