Protetor deste mês: São Mateus

A Escritura Santa denomina-o filho de Alfeu e arrecadador de impostos em Cafarnaum. Certo dia, quando na aduana realizava seus negócios, chamou-o Jesus em seu seguimento. Imediatamente abandonou Mateus a profissão e seguiu o Senhor. Convidou-o a ir a sua casa, frequentada, naturalmente, por muitos outros publicanos. Havendo Jesus se reclinado com eles à mesa, fizeram-se os fariseus de ofendidos. Jesus, contudo, os repreendeu, “pois não são os sadios que necessitam de médico, e sim os doentes”: Ele não veio chamar os justos e sim os pecadores.
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Nos Evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas), tal acontecimento é narrado com as mesmas palavras e as mesmas circunstâncias, mas a pessoa tem nomes diferentes. Ao passo que Mateus se nomeia a si próprio com este nome comum. Marcos e Lucas empregam para ele o nome algum tanto mais nobre de Levi, em atenção a seu colega no apostolado, cuja profissão, antes de ser eleito, não era particularmente muito honrosa. Mateus, porém, queria demonstrar àqueles, para os quais escreveu seu Evangelho, que ninguém deve desesperar de sua salvação, haja sido embora extremamente desprezado. Assim explica São Jerônimo os diferentes nomes.

Mateus escreveu seu Evangelho em aramaico para os judeus convertidos ao cristianismo. O Evangelho logo foi vertido para o grego e se espalhou por todas as igrejas. O nome do Evangelista significa “Dado por Deus”: portanto, o mesmo que “Teodoro” ou “Adeodato”.
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Mateus ainda é e numerado na lista dos Apóstolos. Depois, o Novo Testamento silencia a seu respeito.

Também aquilo que a tradição dele pretende saber é bem incerto. Segundo Jerônimo, o Apóstolo, após a descida do Espírito Santo, pregou primeiro na Palestina, onde escreveu seu Evangelho. Tradições mais recentes apresentam-no a pregar na Etiópia, na Pérsia, ou entre os partas. Segundo Clemente de Alexandria, levava ele vida extremamente penitente e privava-se do uso da carne. No Breviário Romano se conta que ele sofreu o martírio na Etiópia, sob o rei Hirtaco, quando celebrava os sagrados mistérios. A Igreja Latina comemora a sua lembrança aos 21 de setembro, a Grega aos 16 de novembro. Os sagrados despojos são venerados em Salerno, para onde foram levados no século 11.

Texto adaptado de: VIER, Petrus C. Os Apóstolos. Ed. Erwin Burda. p. 35-36.