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São Carlos Lwanga

Carlos nasceu na região de Ssingo, na Uganda (África), em 1860, segundo informações, Lwanga era filho de Musazi e Meme e irmão mais novo do Mártir Noé Nawaggali, no entanto, ainda muito jovem foi enviado a Buddu, no sudoeste, para ser criado por seu tio Kaddu.
Em Agosto de 1878, quando Lwanga tinha 18 anos foi enviado por Kaddu para servir a Mawlulugungu, chefe dos Kiwanyi. No ano seguinte o chefe foi transferido para a região de Ssingo e Carlos o acompanhou.

Em 1880, em uma visita à Capital, Carlos Lwanga se encontrou com os Missionários Católicos e se interessou pelos seus ensinamentos, então começou frequentar as aulas.
Em 1882, Mawlulugungu morreu e sua comitiva se dispersou, então Lwanga se juntou a um grupo de cristãos recém batizados na região de Bulemezi.

Em 1884, Lwanga entrou para o serviço real da Corte do rei Mwanga, onde foi nomeado como encarregado geral dos Pajens, conquistando a confiança e o afeto de todos.
15 de novembro de 1885, Carlos e alguns Pajens foram à Missão Católica e foram batizados pelo padre Simeon Lourdel. A partir de então, o Rei Mwanga tentou muitas vezes intimidar os Pajens que se declararam cristãos.

Em 22 de fevereiro do ano seguinte houve um incêndio no palácio e Lwanga mudou a corte temporariamente para sua cabana em Munyonyo, às margens do Lago Vitória. Onde Lwanga começa a preparar os pajens para um possível martírio, pois o Rei Mwanga já havia conseguido o consentimento das autoridades para massacrar todos os cristãos.

No dia 26 de maio, na presença de Lourdel, os pajens foram levados a julgamento, onde declararam mais uma vez sua fé, preferindo morrer à negar a fé. Mwanga então, decidiu que todos seriam queimados vivos em Namugongo. Onde passaram por uma semana sob tortura, até o dia da execução, em 3 de junho.

Antes de matarem o maior número de cristãos, Lwanga foi posto em uma pequena pira num morro acima do lugar de execução, o enrolaram em uma esteira e atearam fogo em seus pés e pernas, até que queimasse os ossos, para que sofresse mais, antes que o fogo pudesse consumir todo o corpo.

Enquanto queimava e era insultado pelos torturadores, Lwanga disse “estão me queimando, mas é como se estivessem jogando água em meu corpo” então permaneceu em oração, e antes de morrer exclamou “Katonga” em alta voz, que quer dizer “Meu Deus”. Após sua morte, aconteceu o holocausto maior, ao pé do morro.

Em 1920, Bento XV proclamou a Beatificação de Carlos Lwanga e os 21 companheiros. Quatorze anos depois, em 1934, Pio XI elevou Carlos Lwanga “Padroeiro da Juventude da África cristã”. Por fim, Paulo VI canonizou todo o grupo, em 18 de outubro de 1964, durante o Concílio Vaticano II. O mesmo Papa Montini, quando da sua viagem a Uganda, em 1969, consagrou o altar-mor do Santuário de Namugongo, construído no lugar do martírio.

Texto: Noviça Eduarda Terêsa,MAD

a partir das Referências: dacb.org – Dicionário Biográfico de Cristãos da África e vaticannews.va – Vatican News

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