“A Mensageira plenifica-se no Senhor, na alegria de ser salva, deixa-o transbordar para todos os que a rodeiam, fazendo-o mais conhecido e mais amado, multiplicando, com sua vida,os elos da grande corrente do Amor Divino”( Const. nº 18)
Deus é amor (1 Jo 4,8.16). O seu amor salvífico foi revelado e comunicado aos homens em Cristo e está presente e ativo mediante o Espírito Santo. A Igreja deve ser o sinal vivo deste amor de modo a torná-lo norma de vida para todos. Querida por Cristo, a missão da Igreja é uma missão de amor, pois que é Nele que encontra a origem, o fim e a modalidade de exercício (cf. AG 2-5, 12; EN 26). Cada aspecto e cada atividade da Igreja devem, portanto, estar impregnados de caridade, exatamente por fidelidade a Cristo, que ordenou a missão e que continua
A missão é constituída já pela simples presença e pelo testemunho vivo da vida cristã (cf. EN 21), mesmo se deve reconhecer que “levamos este tesouro em vasos de argila” (2Cor 4,7), e por isso a diferença entre o modo como o cristão aparece, existencialmente, e aquilo que afirma ser, nunca desaparece a animá-la e a torná-la possível na história.
“O homem é o primeiro caminho que a Igreja deve percorrer no cumprimento da sua missão” (RH 14).
Estes valores que a Igreja continua a aprender de Cristo, seu mestre, devem levar o cristão a amar e respeitar tudo o que há de bom na cultura e no compromisso religioso do outro. “Trata-se de respeito por tudo o que realizou, em cada homem, o Espírito que sopra onde quer” (RH 12; cf. EN 79).
A missão cristã não pode dissociar-se nunca do amor e do respeito pelos outros, e isto põe em evidência para nós, cristãos, o lugar do diálogo na missão.
O anúncio missionário tem por fim a conversão: “Só assim os não-cristãos, a quem o Espírito Santo abrirá o coração, acreditarão, converter-se-ão livremente ao Senhor e aderirão sinceramente a ele…” (AG 13; CJC 787, parágrafo 2).
Na linguagem bíblica e cristã, a conversão é o retorno do coração contrito e arrependido a Deus, com o desejo de submeter-lhe mais generosamente a própria vida (cf. AG 13). Todos são chamados permanentemente a esta conversão. Assim, por exemplo, de um amor particular, o coração pode abrir-se a uma caridade universal.
Como podemos perceber nos documentos da Igreja nossa Missão de Irradiar o Amor Divino através dos Retiros é uma das formas mais concretas de sermos Missionárias: Anunciar o Kerigma (Palavra grega que significa “proclamação”. Kerix é o mensageiro, o que traz a boa notícia. Por isso se dá o nome de kerigma ao anúncio do Evangelho (cf. Mt 12,41; Lc 11,32 ; Rm 16,25; 1Cor 1,21; 2,4; 15,14; 2Tm 4) Do Grego kérygma (produz querigma/querigmático). Mensagem, pregação, proclamação. Mais tarde passou a designar a pregação da Cristandade primitiva a respeito de Jesus. .
As oito metas do conteúdo do Querigma:
1° Experiência do amor de Deus
2° Consciência do pecado perante Deus.
3° Encontro pessoal com Jesus
4° Ato de fé
5° Aceitar Jesus
6° Pedir e receber o Espírito Santo
7° Integra-se à comunidade cristã
8° Transformação de vida
É necessário que o evangelizado compreenda que a sua vida deve tomar outro rumo, deve ajustar-se a vida de Jesus. Ele deve ser estimulado, motivado a empreender um caminho de retorno. O Retiro do Amor Divino na sua Teologia destaca 3 momentos: 1- Conversão 2- Cristificação 3-Eclesificação.
Todo autêntico apelo de Deus comporta sempre uma superação de si mesmo. Não há vida nova sem porte, como mostra a dinâmica do mistério pascal (cf. GS 22). E “qualquer conversão é obra da graça, na qual o homem se deve reencontrar plenamente a si mesmo” (RH 12).
Termino esta nossa reflexão lembrando o nº 166 de nossas Constituições:
“Essa especialidade evangelizadora da Congregação fará das Mensageiras do Amor Divino uma imitadora da Virgem, levando sempre Jesus por onde passa como fez Maria ao visitar e servir sua prima Isabel”.
Continuemos nossa Missão é sempre Nova e Re-novadora.
Ir Kátia Regina Segateli M.A.D