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Reflexão do 3º Domingo da Quaresma

DEUS NOS RECONSTRÓI EM SEU AMOR

Quaresma é o tempo da graça que a Igreja nos oferece para recordarmos o quanto Deus nos ama e se faz presente em nossas vidas.

Durante a Quaresma vamos vivenciando uma liturgia que nos aproxima de um ‘Deus louco de amor’ que não foge do sofrimento para nos ensinar que nada é maior que Sua Presença conosco; não foge das dores para nos curar das feridas mais doloridas; não foge da morte para resgatar o valor da vida e, com isso, sentimos todo carinho de um Deus que não foge para não perder a cada um de nós; não foge porque quer ser nossa Salvação. Nesse 3º Domingo da Quaresma, portanto, somos chamados a refletir o agir de Deus que nos reconstrói em seu amor.

As leituras desse Domingo nos recordam o Plano Salvífico de Deus que passa pelos 10 mandamentos anunciados na leitura do Êxodo. Essas leis são dadas ao povo, pelas mãos de Moisés, para organizar a nova sociedade que está se formando a partir da libertação do povo da escravidão do Egito. São leis que contribuem para o bem comum. São bons conselhos que ajudarão a comunidade a construir uma sociedade mais justa que não repita a opressão sofrida pelo egoísmo e orgulho do Faraó. É uma oportunidade de recomeçar!

As leituras que seguem nos colocam diante da atitude de reconstrução que começa com a ação de Deus e é colocada em nossas mãos.
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É nossa missão, não acaba com a Quaresma, se estende por toda a vida.

Nesse sentido, o apóstolo Paulo nos coloca diante da incredulidade humana manifestada pelos judeus e gregos. Os primeiros buscando sinais e os outros sabedoria. Para esses dois grupos a resposta de Jesus é a fraqueza que nos faz fortes e a loucura que nos torna sábios. Atitude que não é compreendida por eles naquele momento, mas que hoje faz todo sentido, porque conhecemos a ação de Deus em favor dos marginalizados e oprimidos, sentimos Deus nos “cutucando” e pedindo ações humanizadoras e respeitosas para com todo ser humano.
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São gritos proféticos que partem do coração do próprio Deus, mas que muitas vezes não são ouvidos porque ainda existem muitos “faraós” oprimindo a humanidade.

Por fim, no Evangelho, João nos lembra da reinvindicação que Jesus faz no Templo, exigindo mais respeito para com as coisas de Deus. Essa não é uma atitude desrespeitosa da parte de Jesus é, antes de tudo, uma oportunidade que Ele nos dá de purificar o verdadeiro Templo que é o nosso coração. O que Jesus reclama é, na verdade, a falta de espaço que Ele tem em nossa vida. Por isso é preciso reconstruir para dar lugar a ação salvífica de Deus em nós. Isso é Ressurreição!

Concluímos, então, lembrando que a reconstrução da vida se dá a partir da atitude de amor que parte de Deus e alcança a humanidade, nos dando caminhos(os mandamentos) para sermos uma sociedade justa, humana e fraterna onde Deus tenha espaço para nos amar e ser amado por nós.

Pe. Lucas Emanuel, CSsR

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