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Reflexão Quarta-feira de Cinzas

Quarta Feira de Cinzas marca o início da Quaresma, tempo de conversão e de nos prepararmos para a Páscoa do Senhor.

“Nada que um pecador arrependido coloque diante da misericórdia de Deus pode ficar sem o abraço do seu perdão. É por este motivo que nenhum de nós pode pôr condições à misericórdia; esta permanece sempre um ato de gratuidade do Pai celeste, um amor incondicional e não merecido. Por isso, não podemos correr o risco de nos opor à plena liberdade do amor com que Deus entra na vida de cada pessoa. A misericórdia é esta ação concreta do amor que, perdoando, transforma e muda a vida. ” (Misericordia et Misera nº2)

Viemos de Deus e para ele voltaremos! Este sem dúvida é um caminho que percorremos ao longo da nossa vida. Caminhamos em direção ao Reino de Deus, a Vida Eterna. Porém ao longo desse caminhar, nós podemos nos desviar, tropeçar, cair ou até mesmo parar.

A Igreja muito sábia, nos presenteia com a Santa Liturgia, dividindo os tempos da vida de Jesus ao longo do ano para melhor o experenciarmos e cada vez mais nos configurarmos em sua Pessoa. Mais do que em qualquer outro período do ano, é justamente durante esse Tempo da Quaresma que nós revemos nossos passos e a nossa própria vida.
Não é motivo de vergonha para nós dizer que erramos ou que em determinado momento seguimos por outras vias, desde que nós nos “Convertermos e cremos no Evangelho” (Mc 1, 14-20)

Afinal, Deus que é pura bondade nos dá inúmeras chances de retorno e de conversão à Ele, e inclusive, este é o significado de CONVERSÃO: do Latim CONVERTERE, “fazer dar uma volta, transformar”, de COM, “junto”, mais VERTERE, “virar”. Ou seja, voltar-virar-retornar ao caminho certo, assim como nos diz o início da primeira leitura do dia de hoje: “Agora, diz o Senhor, voltai para mim com todo o vosso coração, com jejuns, lágrimas e gemidos; rasgai o coração, e não as vestes; e voltai para o Senhor, vosso Deus; ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia” (Joel 2,12-13)

Para darmos esse passo de conversão, primeiramente devemos pedir a graça do reconhecimento de nossas faltas, de nossa vida, e de tudo que somos, e ter o desejo de retornar a Deus, pedindo a sua misericórdia, como nos canta o salmista: “Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão de vosso amor, purificai-me! Lavai-me todo inteiro do pecado, e apagai completamente a minha culpa! (Sl 50,3-4)

Sem medo e sem amarras, pois o rosto de Deus é misericórdia, o próprio São Paulo vem nos dizer isso na segunda leitura, Deus enviou o seu filho para a remissão dos nossos pecados, e Ele é o caminho seguro para nossa reconciliação com Deus.

No Evangelho, Jesus nos veio mostrar como viver reconciliados e na direção certa, é um caminho que se faz na intimidade com Deus, ter uma vida orante e de caridade sem buscar se aparecer, e que o jejum seja na sinceridade do coração e coerente, pois não adianta fazer sacríficos externos se a intenção não for reta.

Por fim, as cinzas do dia de hoje, nos vem mostrar que somos pó e que ao pó voltaremos. Nossa vida não nos pertence, tudo passa, e por isso devemos vivê-la da melhor maneira possível, com o maior dos mandamentos “Amar a Deus e ao próximo como a ti mesmo” e em direção ao Senhor.

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